EcoFurtado em destaque no Jornal Porta da Estrela
"EcoFurtado abre em Julho na aldeia do Furtado
O concelho de Seia vai contar com mais uma unidade hoteleira, em Julho, com a abertura do EcoFurtado.
Situado na aldeia do Furtado, na freguesia de Sandomil, o empreendimento turístico está inserido numa propriedade de 14.000m2 vedada e é constituído por 4 unidades de alojamento, cujo conceito arquitectónico passa pela forma dos bungalows, tipo “tenda”, que nos remetem para o acampamento na Serra da Estrela, agora numa versão mais contemporânea. O empreendimento dispõe ainda de SPA com sauna, jacuzzi e massagens, piscina exterior aquecida e lavandaria.
O projecto de arquitetura ficou a cargo do atelier Darq2–Arquitetura (Lisboa) da autoria do arquitecto Francisco Cunhal, também responsável pela obra, que foi executada pela empresa senense de construção civil João Lopes da Silva.
Este projecto inovador de alto padrão, com grande interesse turístico para o concelho na tipologia de Alojamento Local, com a construção de quatro moradias independentes, com capacidade para alojar até 24 pessoas em simultâneo, será complementado com um Mercadinho da Aldeia. A pequena mercearia rural vai disponibilizar produtos frescos (biológicos) da região e o pão de centeio, integra também a recepção, lojinha do artesão, grill, forno a lenha e ainda uma zona de esplanada coberta, convidando ao descanso e a desfrutar a bela paisagem de montanha.


Os animais também fazem parte do projecto, sobretudo a pensar nas crianças, porque são elas quem mais necessitam de participar com a natureza, para os seus jogos, para a sua aprendizagem da vida, para o contacto com os animais. Por essa razão, o EcoFurtado também vai ter um abrigo para animais, onde não faltarão cavalos, ovelhas, o Cão Serra da Estrela, um pónei e patos, que farão as delícias dos mais pequenos. Fará parte integrante do projecto, a aquisição de viaturas 4x4, motos 4, bicicletas de montanha e ainda uma carrinha de 12 lugares.
O novo empreendimento turístico está inserido numa exploração agrícola, com 150 árvores de frutos variados e vinha, e o objectivo passa também por desenvolver actividades paralelas e complementares, em estreita interacção com os hóspedes, correlacionando-os com o património natural e cultural, bem como com as tradições e culturas da região, influenciando o sistema económico e financeiro uma vez que é gerador de riqueza e emprego, permitindo atingir objectivos de desenvolvimento económico e dinamizando outras actividades.
O EcoFurtado – Vida Natural resulta de um investimento privado de 1,1 milhões de euros, e será a primeira unidade hoteleira desta aldeia, inserida em pleno Parque Natural da Serra da Estrela, a 600 metros de altitude. Para Rosinda Fernandes, directora executiva do grupo empreendedor que detém várias empresas em Portugal e no estrangeiro, em ramos distintos como os Transportes, Auto Mecânica, Farmacêutica e Restauração, a aposta no Turismo e na Serra da Estrela deve-se pelas ligações ancestrais que tem à aldeia do Furtado, bem próxima do rio Alva. Pretende com este empreendimento aumentar a capacidade de alojamento turístico no Parque Natural e a criação de seis postos de trabalho directos.
Sobre o conceito arquitectónico adoptado, Rosinda Fernandes refere que quis trazer para Seia um conceito diferente e inovador. Recorda os tempos que passou a acampar na Serra, «onde o contacto com a natureza nos ajuda a crescer e a ter respeito pelo ambiente», tendo sido este o ponto de partida para o projecto que nos remete para um “acampamento”, numa versão mais contemporânea. Afirma que os bungalows «terão um desempenho energético e acústico altíssimo devido ao sistema de construção inovador na região», onde se destacam a estrutura em aço leve, acabamento exterior em cortiça e ainda uma cobertura verde ecológica, «com todas as vantagens já muito reconhecidas destes acabamentos naturais completamente integrados na natureza, passando até despercebidos na paisagem, como se estivessem camuflados», afirma.
Todos os bungalows têm nomes serranos bastante conhecidos: Zimbro, Tília, Tojo e Urze e o mobiliário interior foi todo desenhado por Francisco Cunhal e fabricado em Paços de Ferreira.
Devido à morfologia do terreno, os bungalows «foram assentes num embasamento com caixa-de-ar e ladeados com muros de xisto da região». Em termos tecnológicos «têm um conforto interno superior, com aquecimento através de lareiras a Bioetanol, um produto 100% ecológico que respeita o ambiente e não contribui para o aquecimento global do planeta, sistema de arrefecimento natural e mecânico e ainda energia solar térmica, salienta o arquitecto.

Todo o empreendimento terá uma compensação eléctrica através de gerador de última geração, com capacidade para fornecer energia para todo o empreendimento, em caso de necessidade. Dispõe de sistema de águas residuais com fossas biológicas, respeitando assim todas as normas ambientais, e ainda o aproveitamento das águas pluviais para rega. Foi implementado um arranjo paisagístico, onde se privilegiaram as espécies autóctones e ainda corredores verdes, através de uma arquitectura sensorial, sobressaindo o natural perfume das plantas como o alecrim, alfazema, rosmaninho e outras, nos percursos exteriores de ligação aos bungalows e Mercadinho. Também a mobilidade está presente neste projecto, com todos os acessos exteriores e interiores a ser pensados para pessoas com mobilidade condicionada, podendo circular sem barreiras."
notícia extraída na integra de www.portadaestrela.com